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Empresas pagam mal e recusam contraposta de reajuste salarial dos jornalistas

Na sexta rodada de negociação da campanha salarial 2014/2015, realizada na quinta-feira, dia 14, as empresas de comunicação recusaram a contraproposta dos jornalistas de pagamento de um reajuste geral de 8,5%, correspondente a  2.54% de ganho real e 5.81% de reposição das perdas salariais acumuladas entre maio de 2014 e abril de 2015; e de 9,5% para o piso salarial da categoria.

Os sindicatos patronais, como sempre, recorreram à desculpa de falta de recursos para bancar o reajuste deliberado em assembleia pelos trabalhadores e contrapropuseram um índice de 7,81% para todos, inclusive para o piso salarial. “O respeito das empresas pelos seus leitores e anunciantes também passa pela questão de como elas remuneram os seus profissionais. Insistir em manter um salário indigno para um profissional que tem a responsabilidade que o jornalista tem, é um erro que precisa ser corrigido”, diz a presidente do Sindijornalistas, Marilia Poletti.

Reajuste diferenciado – O Sindicato das empresas de jornais e revistas, foi mais além, propôs pagar à categoria um índice diferenciado aos profissionais da mídia impressa, sendo 7,81% para os veículos diários sediados na capital e 7% para os jornais não diários, proposta que atinge principalmente a mídia com sede no interior.

“A proposta, além de vergonhosa, é insuficiente para iniciar de forma gradativa a reposição da perda no poder de compra dos salários dos jornalistas, calculada pelo Dieese em 16%”, destaca a diretora do Sindijornalistas, Suzana Tatagiba, que esteve na mesa de negociação com o diretor Júlio Pater e a representante do Dieese.

Diante da mobilização da categoria, disposta a lutar e não abrir mão de seus direitos, as entidades patronais (Sertes e Sindijores) foram alertadas de que a proposta patronal não será bem recebida pelos jornalistas, que há anos convivem com baixos salários, sobrejornadas, e desrespeito ao pagamento de horas extras.

Vale lembrar que, nas redações, a grande maioria dos jornalistas ganha o piso, para trabalhar 5h, conforme legislação, e mais duas horas extras, para receber ao final do mês um salário não condizente com a responsabilidade que o profissional tem no dia a dia.

Assembleia da Categoria – Terça-feira (18/8), às 19h30, no auditório do Sindipúblicos, em Vitória, para discutir e votar proposta patronal de reajuste de 7,81% para o salário geral e piso da categoria.