União da categoria é fundamental para melhoria do jornalismo, afirma vice-presidente da FIJ
Durante a abertura do Formes, em Caracas, Venezuela, o vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Gustavo Granero, destacou que a FIJ é considerada uma das federações mais fortes do mundo, com grande representatividade em diversos setores sociais. No entanto, para melhorar a valorização profissional e reverter os diversos problemas, entre eles a baixa remuneração, violência e censura, é fundamental a união da categoria. Ele destacou ainda a importância de programas de formação para a América Latina. "Necessitamos aumentar a nossa atuação na América Latina e aumentar o número de programas, não apenas um." destaca.Já o doutor em Direito Trabalhista pela Universidade de Buenos Aires, Argentina e um dos palestrantes do Formes, Hugo Fernandez, destacou que os Sindicatos e Federações de Jornalistas precisam atuar sempre em conjunto com os demais atores sociais. "É preciso uma articulação política, formações sindicais e representações junto com outras entidades de interesses sociais que atuam com interesses coletivos".
Durante quatro dias, 40 jornalistas de toda a América Latina irão participar do Formes, curso de formação promovido pela FIJ. Eles participarão de palestras e oficinas para discutir os problemas e apresentar soluções para melhorias no jornalismo. Representando o Brasil, está o jornalista capixaba Douglas Dantas, diretor do Sindijornalistas/ES e da Fenaj e o presidente do Sindijorce e diretor da Fenaj, Claylson Martins.
"É uma experiência que poderá trazer grandes benefícios para o jornalismo de toda a América Latina. Estamos trocando experiências de como cada país consegue enfrentar seus problemas e como juntos podemos melhorar a valorização profissional e, consequentemente, a qualidade do jornalismo. Todos possuem muitos problemas, mas alguns conseguiram avançar em áreas que outros ainda não. Enquanto vivemos uma fase de liberdade, apesar do aumento do cerceamento à imprensa no Brasil. Aqui, na Venezuela, por exemplo, eles estão vivendo o que passamos na década de 70", destaca Douglas Dantas.
Por fim, os jornalistas ao retornarem aos seus países devem elaborar programas e projetos que possam compartilhar o aprendizado e o que foi discutido no evento.