Sindicato cobra concurso público, apuração do grampo e força-tarefa federal
Concurso Público
Outro ponto destacado pelo Sindijornalistas é a importância do concurso público. São muitos os jornalistas contratados ilegalmente, já que, pela constituição federal, comissionados só podem exercer a função em cargo de chefia. O sindicato exige um concurso público que contemple os assessores de imprensa para os órgãos e autarquias estaduais. É preciso, ainda, uma total reformulação e valorização da Rádio e TV/ES. “Um veículo de valor histórico está sendo utilizado como porta-voz oficial. A sociedade exige um novo concurso para jornalistas e profissionais de comunicação que possa dar estruturas para que a RTV-ES seja novamente vanguarda. É necessário que o sistema público atenda aos anseios da população. Atualmente, os poucos jornalistas que atuam na RTV fazem verdadeiros milagres por amor à profissão”, destacou o Diretor de Comunicação do Sindijornalistas, Douglas Dantas.
Paralelo ao ato, os estudantes também protestaram contra o sistema público de transporte. Reforçaram que, após a denúncia deles, o TJ-ES decretou a total ilegalidade do Sistema Transcol e determinou uma licitação geral até o final de 2012 para todo o sistema. Reivindicaram ainda uma redução na tarifa e melhoria nos serviços. Durante a manifestação, o trânsito, por conta de uma estratégia da PM, ficou caótico. Segundo apuramos, a PM bloqueou a Jerônimo Monteiro desde as 21h de segunda-feira com o objetivo de “desmobilizar os estudantes”, relatou um policial militar que preferiu não ser identificado devido ao grau hierárquico. Outra atitude suspeita da PM foi que, no lugar de estar defendendo o povo, estava filmando a manifestação, e com câmera na mão, tentando intimidar os manifestantes.
O Sindijornalistas, no entanto, destaca que não apoia a forma de manifestação desse grupo de estudantes, apesar das reivindicações serem justas e válidas. Defendemos a melhoria não somente do transporte público, mas de todo o serviço público. Acreditamos que uma tarifa pode ser mais justa, já que o atual valor não atende as demandas do trabalhador e não reflete na qualidade do serviço.
Confira abaixo texto do panfleto distribuído pelas entidades à sociedade:
EM DEFESA DA ÉTICA, QUALIDADE E VALORIZAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO
Estamos novamente nas ruas para denunciar a continuidade da nefasta política implantada pelas elites dominantes do nosso estado, preocupadas em se perpetuarem no poder, utilizando-se de todos os artifícios, entre eles, o loteamento de cargos comissionados e DTs, em detrimento da realização de concursos públicos.
Ao contrário do que se vê na mídia, não é difícil o cidadão constatar o sucateamento das políticas públicas quando recorre a serviços básicos (saúde, educação, segurança etc.). Os servidores se esforçam para prestar um bom atendimento à população, porém, os governantes ignoram a necessidade de valorização das categorias desprezando as justas reivindicações tais como, condições de trabalho, revisão dos Planos de Carreiras, correção da tabela de subsídio do Quadro Permanente, Secult, Fafabes e Deares, atualização de benefícios como, por exemplo, o auxílio-alimentação no valor de míseros R$ 6,00 desde 1997.
Após anos tentando negociar com o governo, as categorias estão para dar uma basta no calote e sinalizam para deflagrações de greves. Na fila estão os servidores do Iema, da Junta Comercial (Jucees), do Incaper e do Ipem.
Exigimos força-tarefa federal nas investigações de corrupção no ES
O sucateamento não é só das estruturas de políticas públicas. Mas também da ética e da moralidade. Após mais um escândalo no Espírito Santo, os servidores e servidoras, junto com o Fórum Estadual em Defesa do Interesse Público (Fedip), exige que seja apurado pela força-tarefa federal, as denúncias do TJ-ES que cita o nome do ex-governador Paulo Hartung e de seu secretário José Teófilo em documento que já levou mais de 28 pessoas para a prisão, entre elas o prefeito de Presidente Kennedy (ES) durante a operação da Polícia Federal que ficou conhecida como Lee Osvald.
Indícios também ligam a construtora Delta, do caso Cachoeira, ao ex-governador. Durante os oito anos de governo PH, a empresa, segundo a imprensa nacional, chegou a faturar mais de 200 milhões em contratos no Espírito Santo. O mais estranho é a articulação do governador Renato Casagrande tentando impedir a vinda
da força-tarefa para o Espírito Santo.
O Fedip continua defendendo que a força-tarefa federal tenha autonomia para fazer uma investigação minuciosa e apurar as denúncias. Um serviço público eficiente passa pela valorização dos servidores e a eliminação da corrupção.
O apoio da sociedade capixaba é fundamental para passar o Espírito Santo a limpo
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