Após denúncia dos Sindicatos, RTV apura irregularidades da empresa terceirizada na transmissão do carnaval
A tradicional transmissão do Carnaval de Vitória pela TVE foi alvo de inúmeras críticas dos telespectadores em função das falhas técnicas que prejudicaram enormemente a qualidade do áudio e das imagens. Quando se leva em conta o contrato de terceirização dos serviços fica difícil compreender a deficitária qualidade técnica, muito aquém do aceitável, vez que o edital do pregão eletrônico, de número 0001/2017, determinava o uso de modernos equipamentos tais como grua, drone e unidade móvel digitalizada, além do emprego de mão de obra. Mais que isso, o edital estabelecia o uso de um plano emergencial para solucionar questões técnicas o que, efetivamente, não ocorreu.
A busca pela terceirização, ao que apuraram os sindicatos representantes dos servidores, teria o propósito de manter e aperfeiçoar uma tradição na combalida emissora que, ao longo dos anos, se especializou na cobertura e transmissão dos desfiles das escolas de samba. Foi a primeira no Espírito Santo a se lançar em empreitada tão desafiadora.
O Sindipúblicos e o Sindijornalistas encaminharam documento à RTV/ES buscando esclarecimentos e procurando saber que providências serão tomadas diante do edital e obtiveram informação do diretor presidente, Geraldo Magela, que os problemas, de responsabilidade da Full Broadcast & Audio, empresa terceirizada, estavam relacionados ao link de fibra ótica. A RTV/ES informou ter acolhido parecer de seus técnicos, datado de 03 de março de 2017, e que abriu um processo administrativo para apurar os fatos uma vez que os serviços contratados não foram realizados de forma satisfatória.
Os sindicatos esperam que a empresa seja responsabilizada pelas falhas acolhendo-se o que estabelece o edital e lembram que, a despeito dos problemas gerados pela Full Broadcast & Audio, os serviços prestados pelos trabalhadores devem ser devidamente remunerados.