Assembleia, nesta terça, às 19 h
O Sindijornalistas/ES lança, nesta terça, a Campanha Salarial 2024 e saúde é um dos temas em destaque.
*Para participar acesse o link via Google Meet https://meet.google.com/ghx-mkkw-wjc
Ainda estamos na semana de comemorações do dia do/a jornalista e, sem dúvida, temos fortes motivos para celebrar a escolha que fizemos, considerando que nossa profissão é fundamental para a vida em sociedade. Mas indo um pouquinho adiante precisamos falar, também, sobre adoecimentos em função do trabalho, um dos temas da campanha salarial 2024 que o Sindijornalistas/ES lança nesta terça, 09/04, em assembleia virtual a partir das 19 horas, com divulgação do link pelas redes sociais, uma hora antes da plenária.
Estudos e pesquisas mostram o aumento de casos de burnout, depressão e ansiedade, dentre outros que afetam a saúde e, não raro, associados a ambientes tóxicos de trabalho e a diferentes fatores externos que incidem diretamente sobre a vida profissional.
Pesquisa Nacional. Nesta mesma terça, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e sindicatos de todo o país também vão lançar a pesquisa nacional sobre a saúde da/o jornalista, em parceria com a Fundacentro e apoio do Ministério Público do Trabalho, e que será enviada à categoria nos próximos dias. O propósito é buscar e atualizar dados sobre fatores e riscos à saúde emocional e mental no jornalismo tendo como foco, os impactos da pandemia COVID-19 e os novos arranjos laborais a partir da reforma trabalhista de 2017.
Casos de adoecimento em função do trabalho estão se tornando muito frequentes no meio jornalístico em vários estados e a Campanha Salarial 2024 busca a viabilização de ações por parte de empresas de comunicação.
O tema está presente em acordos coletivos anteriores e é uma questão antiga no campo jornalístico. Em idos anos 1996 foi objeto da publicação Stress e violência no lead da notícia, da FENAJ e, se à época, os índices eram preocupantes, hoje, 28 anos depois, estão bem piores. Identificam-se, como pano de fundo, ambientes inóspitos de trabalho, desvalorização profissional e baixos salários, bem como modelos empresariais opressores, assédio moral físico e/ou online, discursos de ódio, ameaças e agressões de agentes e de poderes autoritários e violência simbólica e física.
Traçado um quadro mais atual, a FENAJ e os sindicatos irão ampliar as ações para o campo legal e institucional e lutar por novas políticas públicas de prevenção e de cuidados com a saúde, bem como o aprimoramento do arcabouço legal que regulamenta as formas de lidar com agressores e com agressões à saúde no trabalho e em função dele.
Não podemos naturalizar, achar normal ou aceitar calados os maus tratos. É fundamental ampliar as formas de enfrentamento. Denunciar, buscar apoio. Não se calar. Enquanto trabalhadores e cidadã/os, temos direito a condições dignas e decentes de trabalho. Que esta seja uma das pautas principais das comemorações em torno do nosso dia, o 7 de abril, pois este é um assunto que não pode esperar!