Chega de agressões a jornalistas
A Federação Nacional dos Jornalistas torna público, mais uma vez, seu veemente repúdio a mais um ato de violência contra os jornalistas e o Jornalismo. Nesta sexta-feira, 11 de abril, quando cumpria mandado de reintegração de posse no Rio de Janeiro, a PM prendeu arbitrariamente o repórter Bruno Amorim, do jornal O Globo, além de buscar impedir a cobertura de outros profissionais de imprensa.
Bruno Amorim, que estava identificado com crachá do jornal, registrava imagens da ação da PM na desocupação do terreno e do prédio abandonados da telefônica OI na área conhecida como Favela da Telerj. Segundo relatou à imprensa, quando tentava registrar com um celular uma briga entre um policial e um manifestante, foi detido por outro policial sem identificação, que o imobilizou com uma chave de braço,apreendeu seu celular e arrancou-lhe os óculos.
Também segundo o jornalista, que tinha um bloco de anotações em uma mão e o celular na outra, o policial tentou justificar sua detenção alegando que o profissional estava atirando pedras. Ele foi levado a uma Delegacia de Polícia, acusado de desacato, incitação à violência, resistência à prisão e depois liberado. Outros profissionais também denunciaram que foram ameaçados e agredidos por policiais que tentaram impedir a cobertura da imprensa.
A FENAJ exige das autoridades estaduais e federais a apuração dos fatos e punição dos responsáveis por mais este cerceamento à liberdade de imprensa, prisão arbitrária e ameaça à integridade física do jornalista.
Além disso, a FENAJ reafirma o apelo ao Ministério da Justiça para a orientação aos policiais, sejam eles fardados ou a paisana, para que cessem imediatamente qualquer tipo de agressão ou cerceamento ao trabalho dos profissionais de imprensa. Mais do que manuais que tentem impor aos jornalistas normas de comportamento na cobertura de pautas de risco, o que se faz necessária é a ação imediata para coibir a agressão a jornalistas.
Brasília, 11 de abril de 2014.
Diretoria da FENAJ