Coletivo de Saúde estuda as principais causas de doenças na categoria
O Coletivo de Saúde do Sindijornalistas se reuniu na terça-feira (7) para fazer estudos sobre o cotidiano dos jornalistas e analisar como isso influencia na saúde desses trabalhadores. Além da coordenadora do Coletivo de Saúde, membro do Conselho Fiscal do Sindijornalistas e integrante do Departamento de Saúde e Previdência da Fenaj, Gláucia Regina Loriato, estiveram presentes integrantes da base da categoria e o secretário de saúde da Central Única dos Trabalhadores (CUT/ES) Aguiberto Oliveira Lima.
Para Gláucia, a segunda reunião do Coletivo de Saúde foi bastante positiva. “Contamos com a presença de profissionais celetistas e freelancers, tanto de assessorias de imprensa quanto das redações. Por isso, pudemos elencar os mais variados motivos que abalam a saúde dos jornalistas, de acordo com as diversas realidades de trabalho”, explica Gláucia.
Entre os freelancers, um dos pontos abordados foi a incerteza em relação ao futuro, já que os trabalhadores que vivem nessa condição não têm nenhuma garantia de direitos trabalhistas, como aposentadoria, licença maternidade, férias e seguro desemprego. Isso tem causado a depressão e a baixa autoestima do trabalhador.
Outro fator destacado foi o acúmulo de função e a extensa carga horária, uma vez que causam estresse e impossibilitam que o jornalista tenha vida social, não havendo mais tempo para os amigos, a família e o lazer. Lidar com os prazos de fechamento dos jornais também foi um fator mencionado, além da pressão dos patrões para que os jornalistas batam metas de publicações de ações diretas relacionadas aos seus clientes nas assessorias de imprensa. Os jornalistas presentes também relataram casos de assédio moral.
O Coletivo de Saúde está estudando sobre as principais doenças que afetam os jornalistas não somente por meio dos relatos deles, mas também através de pesquisas sobre o assunto. Esses estudos são uma forma de garantir subsídio para criação e implementação de políticas na área da saúde.