Dirigentes sindicais cobram do governo ações para combater crimes contra jornalistas
Em reunião com a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Maria Filomena De Luca Miki, no dia 14 de novembro, dirigentes da FENAJ cobraram mais ações do Ministério da Justiça para combater a violência contra Jornalistas. A agenda fez parte da movimentação internacional promovida pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) no mês de novembro na luta para combater a impunidade nos crimes contra profissionais de comunicação.
A FIJ desenvolve, até o dia 23 de novembro, uma campanha para combater a impunidade nos crimes contra jornalistas e outros profissionais de mídia. Além de contatos com órgãos governamentais por parte das entidades representativas da categoria, a Federação Internacional dos Jornalistas lançou uma campanha de mídia social e pede a adesão dos apoiadores deste movimento .
Na reunião com a Secretária Nacional de Segurança Pública, os dirigentes da FENAJ Celso Schröder, Valdice Gomes, Suzana Tatagiba e José Carlos Torves cobraram encaminhamentos concretos com relação às propostas apresentadas pelo Grupo dos Comunicadores, criado no âmbito do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), para o enfrentamento da violência contra profissionais da comunicação no Brasil. Entre eles a concretização do Observatório da Violência contra Comunicadores e a federalização de crimes contra jornalistas.
O presidente da FENAJ, Celso Schröder, fez referência a duas modalidades de agressões a jornalistas que são recorrentes no Brasil, os “crimes por encomenda” e os “crimes contra manifestações públicas” e lembrou a solicitação, não atendida, de que o ministro da Justiça fizesse uma manifestação de violência contra manifestações às polícias federais e estaduais.
Neste momento, assessores da secretária registraram que o Ministério da Justiça fez uma cartilha de orientações aos jornalistas. “Mas foi uma cartilha que não serviu aos jornalistas, pois ela dizia como se comportarem para não apanharem da polícia, o que, na prática, significava não fazer jornalismo, e não foi o que pedimos”, criticou o presidente da FENAJ.
Os representantes da entidade cobraram também, além de um protocolo para as policias federal e estaduais não agredirem jornalistas, nem impedirem o trabalho da imprensa, a elaboração de um Protocolo de Segurança envolvendo também as empresas de comunicação e o Ministério do Trabalho e Emprego.
A secretária Regina Miki registrou que as iniciativas do Ministério foram tomadas em um período em que eram necessárias ações emergenciais em função da agenda da Copa do Mundo. Registrou, também, que o período atual é de transição do primeiro para o segundo governo da presidente Dilma Roussef. Comprometeu-se, contudo, em propor, na reestruturação do Ministério da Justiça, a reinstalação da Comissão de Comunicadores, agora coma função de dar consequência às políticas e ações propostas no relatório finalentregue em junho de 2014.
Fonte: Fenaj