Jornalistas capixabas discutem campanha salarial em assembléia com proposta de paralisação
Mais uma rodada de negociação, desta vez mediada pelo Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho, Valério Soares Heringer, com os representantes dos sindicatos patronais e Sindijornalistas, evidenciou o descompromisso das empresas com as condições econômicas dos jornalistas. Eles apenas reafirmaram as propostas anteriores, e acrescentaram mais vinte reais ao abono, direcionado apenas aos que ganham piso salarial, que receberiam 120 reais.
A Comissão de Negociadores do Sindijornalistas, formada pela presidente Suzana Tatagiba, a diretora de Comunicação e Imprensa Zelita Viana, e o assessor jurídico, Rafael Pizza Pimentel, lamenta que as empresas ainda não tenham entendido a necessidade, para ambas as partes, de se construir uma negociação social, em que os direitos explícitos dos trabalhadores sejam assegurados, e não solapados a cada ano.
Diante do impasse nas negociações, o Sindicato está convocando uma Assembléia Geral da categoria, para terça-feira, 30 de dezembro, ao meio-dia, na sede do Sindicato, para que os jornalistas possam discutir as propostas apresentadas pela empresa e deliberarem sobre os caminhos a serem tomados, inclusive a paralisação.
O Sindijornalistas propôs reposição salarial de perdas – 5.9% -, ganho real de 5%, para todos os trabalhadores, e concessão de 30 vales-alimentação por mês, valor de 15 reais cada. Os patrões estão oferecendo 5.9% para quem ganha acima do piso salarial e reajuste de 9.21% sobre o piso salarial. O abono de 120 reais é para quem recebe piso e 100 reais, para quem ganha acima do piso.
A presença dos jornalistas na Assembléia é fundamental para que as decisões tomadas representem o sentimento da categoria em relação à sua valorização profissional. Cobrimos movimentos de reivindicação de todos os trabalhadores. Na terça-feira, 30, a pauta da matéria principal é nossa: a assembléia dos jornalistas.
Vitória, 22 de dezembro de 2008