Jornalistas decidem, em assembléia, se irão acionar a Justiça do Trabalho
A assembléia dos jornalistas que decidirá sobre os rumos da Campanha Salarial 2008 acontecerá amanhã, dia 13 de novembro, às 11 horas, em primeira convocação, e às 11h30, em segunda chamada, na sede do Sindijornalistas. A medida será debatida em função da falta de acordo com os patrões em relação a cláusulas econômicas do acordo coletivo. As negociações já duram seis meses.
Na última reunião, realizada no dia 5 deste mês, os sindicatos patronais (Sertes e Sindjores) mantiveram sua proposta – já rejeitada pela categoria por unanimidade em assembléia – e foram taxativos ao dizer que não haverá uma outra contraposta à já colocada – que prevê reajuste de 5,9% para todos os jornalistas que ganham acima do piso salarial, 9,21% sobre o piso salarial, e um abono de R$ 100,00 para os jornalistas que estavam nas empresas até 1º de maio. Com o impasse nas negociações, os jornalistas fazem uma nova assembléia geral na quinta-feira, dia 13.
Para o Sindijornalistas, o endurecimento dos sindicatos patronais caracteriza o esgotamento das discussões no sentido de se chegar a um consenso entre as partes. Diante da intransigência dos patrões, a categoria tem se manifestado para que a Justiça do Trabalho seja acionada com o pedido de dissídio coletivo. "Até agora buscamos o acordo, sem intermediação. Mas, pelo visto, esse é o quadro que vem se desenhando desde a última reunião de negociação, onde os patrões se mostraram insensíveis às reivindicações dos trabalhadores", explica Suzana Tatagiba, presidente do Sindijornalistas.
Negociação
A pauta dos jornalistas foi encaminhada para as empresas, no dia 28 de abril. A primeira reunião para discussão das reivindicações aconteceu em 26 de maio, com a proposta dos patrões de reajuste zero e a retirada de sete cláusulas da convenção atual. Mais tarde, foi proposto reajuste de 3% e depois de 5% – índices abaixo da inflação.
Sem ainda atender às expectativas dos jornalistas, as empresas de comunicação fizeram uma outra contraposta: reajuste da inflação do período, de 5,9%, para todos os jornalistas que ganham acima do piso salarial. No piso salarial, haveria reajuste de 9,21%. E seria oferecido abono de R$ 100,00 aos jornalistas que já estavam nas empresas até 1º de maio 2008, data-base da categoria. Tal proposta foi, mais uma vez, rejeitada.