Jornalistas do ES rejeitam proposta patronal e aprovam estado de greve
Em Assembleia Extraordinária bastante representativa, jornalistas capixabas vinculados às redes de televisão, rádio, jornais, revistas e sites noticiosos da capital e interior rejeitaram, mais uma vez, a proposta patronal de 7% de reajuste salarial e aprovaram indicativo de greve. Eles também reafirmaram o pedido de tíquete alimentação para as empresas que não concedem este benefício aos seus trabalhadores.
Há anos convivendo com baixos salários, os profissionais de imprensa reivindicam na negociação coletiva 2014/2015 reajuste de 8,81% mais pagamento de tíquete alimentação no valor de R$ 15 reais dia.
Durante a assembleia, realizada na terça-feira (22), às 20h, no auditório do Sindipúblicos, a coordenadora do Diesse no Espírito Santo, Sandra Bortolon, fez uma explanação sobre a perda financeira nos salários dos profissionais, acumulada nos últimos 14 anos em 16%, e a necessidade de ganhos reais para a plenitude salarial.
“Esta a situação dos jornalistas, empregados de empresas privadas, se equivale às perdas existentes em categorias do funcionalismo público, que não têm data base instituída e cujos reajustes salariais estão sempre a mercê do Executivo”.
Para o Sindicato dos Jornalistas, é preciso urgentemente recompor o poder de compra dos salários da categoria. “Esperamos que as empresas de comunicação reflitam melhor sobre essa questão e aceitem a proposta dos jornalistas de reajuste de 8,81% e pagamento do tíquete alimentação”, disse a coordenadora geral do Sindijornalistas, Marília Poletti.
Os jornalistas vão continuar as negociações e, para dar prosseguimento à campanha salarial, o Sindijornalistas já solicitou aos sindicatos patronais – Sertes e Sindijores – a marcação de uma nova reunião e apresentação de uma contraproposta das empresas de comunicação.