Jornalistas recusam proposta de reajuste menor que inflação
Reunidos em assembleia na noite de ontem (2/6), na sede do Sindicato, os jornalistas de TVs, rádios e de impressos rejeitaram, por unanimidade, as propostas de reajuste salarial feita pelas empresas de comunicação do Espírito Santo. Percentual oferecido, sequer, repõe a inflação do período.
Na última mesa de negociação, realizada nos dias 28 e 29 de maio, o Sindicato das Empresas de Rádio e TV (Sertes) ofereceu um reajuste linear de 6,5% e o Sindicato das Empresas de Jornal, Revista e Similares (Sindijores) um índice ainda menor 6%.
Indignados com a proposta patronal bem aquém do índice de 8,34% que nada mais é do que a reposição das perdas inflacionárias acumuladas entre maio de 2014 a abril de 2015, os jornalistas não aceitaram a proposta das empresas e mantiveram o índice pleiteado.
A categoria reafirmou a reivindicação de reposição cheia 8,34% (inflação do período) mais 10% de ganho real em seus salários. Salários esses, já defasados e corroídos por uma perda histórica acima de 16%. Segundo estudo do DIEESE, em 30 de abril de 2015, os salários da categoria mantêm apenas 86,98% do poder aquisitivo de 1 de maio de 2000.
Uma nova rodada de negociação com os sindicatos patronais está agendada para a próxima quarta-feira (10/6), às 10 horas, com o Sertes e, às 14 horas, com o Sindijores.
Os jornalistas também reivindicam auxílio alimentação (para os profissionais das Redes Gazeta e Tribuna), auxílio creche, pagamento de acúmulo de função, escalas de finais de semana e aumento no valor da hora extra, entre outros.