Patrões oferecem apenas 1,69% e negam ganho real
Na primeira reunião de negociação das Convenções Coletivas 2018/2019, realizada na última quinta-feira (23/05), os representantes das empresas de comunicação no ES concordaram em pagar em única parcela a inflação acumulada no período – maio de 2017 a abril de 2018- de 1,69% a todos os jornalistas capixabas. Entretanto, negaram as demais reivindicações dos trabalhadores, entre elas, a concessão de um aumento real de 5%.
Os patrões também não aceitam convencionar a cláusula sobre o acúmulo de função, que pretende instituir o pagamento de 40% sobre o salário/dia, conforme determina legislação sobre o tema, ao jornalista que, contratado como repórter, for designado para acumular função de repórter cinematográfico (TV) e /ou repórter fotográfico (impresso) para captação de imagens em cumprimento de suas pautas. Prática essa que já vem sendo utilizada com frequência em várias emissoras e jornais da Capital.
Os sindicatos patronais alegaram que vão esperar a audiência marcada para o dia 06 de junho, às 14h, no MPT (Ministério Publico do Trabalho) solicitada pelos sindicatos dos Jornalistas e Radialistas para debater essa situação.
Novas Assembleias
Para discutir a negativa de ganho real e as demais cláusulas, o Sindicato dos Jornalistas irá realizar novas assembleias com o intuito de ampliar o debate com a categoria.
A proposta é o desconto, pelas empresas, no mês subsequente à assinatura da presente Convenção Coletiva, no contracheque de todos os jornalistas no valor de R$ 50 à título de Contribuição para o Sindijornalistas-ES. Valor esse que, caso o jornalista não tenha condições de contribuir com a sua categoria, poderá solicitar o devido reembolso pelo Sindicato.
É importante reafirmar para a categoria que as convenções coletivas contemplam todos os jornalistas – filiados e não filiados ao Sindicato. Portanto, nada mais justo que todos contribuam financeiramente para manter funcionando nossa mais alta entidade de representação profissional. Uma negociação de campanha salarial demanda tempo e encargos financeiros. Mobiliza, além da diretoria do sindicato – que não é liberada das suas atividades laborais para ficar à disposição da entidade e realiza seu trabalho sindical de forma voluntária – , nossas assessorias jurídica e contábil, que são remuneradas e ficam a disposição prestando as consultorias técnicas necessárias, além dos custos para registro e homologação junto a DRT.