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Pelo imediato arquivamento do PL1904 que criminaliza ainda mais o aborto

A tarde de domingo, em Vitória, foi de protesto na praça da Assembleia Legislativa contra o absurdo projeto de lei 1904/24 que criminaliza meninas, adolescentes e mulheres  que abortem depois de vinte e duas semanas de gestação. O projeto promove um imenso retrocesso na restritiva  lei do aborto, aprovada na década de 1940,  e nesta semana foi levado à pauta da Câmara Federal pelo presidente Arthur Lira e aprovado de forma relâmpago, em 23 segundos.

Pela proposta, o crime de aborto é equiparado ao homicídio e mulheres criminalizadas podem ser presas por até 20 anos.

 Na manifestação, muitos gritos de guerra contra Arthur Lira e a bancada evangélica, os grandes defensores do PL1904  e, devidamente acusados de oportunismo eleitoral em função da forma, assumida, como desengavetaram  o projeto para pressionar o governo federal em troca de interesses personalistas e eleitoreiros.

 As maiores vítimas de aborto inseguro no Brasil são mulheres de regiões periféricas, indígenas,  negras e adolescentes com menos de 14 anos. Estatísticas oficiais apontam que são internadas diariamente, seis meninas entre 10 e 14 anos, que engravidaram após sofrerem estupros.

Estamos diante de  uma questão de saúde pública, fato ignorado pelo arbitrário e absurdo projeto que impõe às vitimas  criminalizadas uma penalidade dez anos maior do que a do estuprador.

O Sindijornalistas/ES   defende o imediato arquivamento do PL 1904 e o pleno direito  das mulheres ao próprio corpo e às próprias decisões.

Defende, também, a  urgente adoção de mais políticas públicas voltadas à saúde da mulher e o fim da criminalização do aborto.

#Criança não é mãe.
#Estuprador não é pai.
# A direita e a extrema direita não são donas dos corpos das mulheres.