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Proposta patronal é de reajuste zero e congelamento dos salários

Com as velhas desculpas  de sempre e um extenso rosário de queixas que se repetem todos os anos, os sindicatos patronais que representam as empresas de comunicação – impresso, rádio e televisão – ofereceram zero de reajuste  para os salários dos jornalistas, que ralam de segunda a segunda nas redações e que sofrem durante o ano inteiro com os baixos rendimentos e  a precarização do trabalho.

Na segunda rodada de negociação salarial, realizada na manhã desta quarta feira (29/6), os representantes do Sertes e Sindijores  propuseram à Comissão de Negociação do Sindijornalistas a repetição de todas as cláusulas da Convenção Coletiva do ano passado e o congelamento dos salários dos profissionais, como também do piso salarial, pelos valores pagos até 30 de abril de 2016.

“A proposta é um absurdo!  Um desrespeito para com a categoria que já enfrenta baixos salários, sobrejornada, jornadas exaustivas, insegurança e condições precárias de trabalho”, afirmou a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Marília Poletti. Ela destaca que a unificação do piso para todos os jornalistas no Espírito Santo é um ponto que o patronato também não pode continuar ignorando.

O Sindicato dos Jornalistas, em sua pauta de reivindicações, propôs a reposição da inflação pelo índice do IBGE de 9,83% – acumulada entre abril de 2015 e maio de 2016 – além de ganho real de 10% aplicados em todos os níveis salariais. Para o  piso que hoje é de R$ 1.807,05 reais, além do reajuste pela inflação, um o ganho real de 20% e a unificação do  piso para todos os jornalistas do Espírito Santo. Estas cláusulas foram rejeitadas e  nenhuma contrapartida foi feita pelas empresas à comissão do Sindicato.

O Sindicato vai discutir a posição patronal  de reajuste zero e o congelamento dos salários com os jornalistas em Assembleia Geral Extraordinária marcada para o dia 5 de julho, próxima terça-feira, a partir das 19h30, na sede do Sindicato (Edifício Ruralbank, sala 710. Centro de Vitória).

“Não podemos nos calar, temos de resistir e lutar pela nossa profissão e pela dignidade do nosso trabalho. Se não defendermos o jornalismo e não brigarmos pela nossa profissão, ninguém mais o fará. Portanto, não nos restam alternativas, a não ser resistir e lutar para avançar. Avançar na luta geral em defesa da democracia e dos trabalhadores e na luta específica em defesa do Jornalismo e dos jornalistas”, ressaltou a diretora da FENAJ, Suzana Tatagiba.

 

É importante a presença de todos na Assembleia Geral Extraordinária do dia 5 de julho!