Rede Tribuna discrimina jornalistas ao negar plano de saúde para maridos e companheiros
Mais um caso típico de discriminação em uma redação de jornal, TV e rádios. Desta vez, na Rede Tribuna empresa do Grupo João Santos. As jornalistas estão impedidas de colocarem seus maridos ou companheiros como seus dependentes no plano de saúde dos funcionários da empresa.
O Sindijornalistas tentou junto à empresa mudar a situação, mas não obteve êxito. As conversas com a Rede Tribuna não avançaram e a forma inicial encontrada é a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), na tentativa de acordo.
Em razão disso, o Sindijornalistas encaminhou ofício ao procurador-chefe do Ministério do Trabalho objetivando marcar uma audiência no sentido de que a situação mude e as mulheres jornalistas possam ter o mesmo direito dos jornalistas homens em relação ao plano de saúde oferecido pela empresa aos seus funcionários.
O Sindicato vai propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e se mesmo assim a Rede Tribuna não atender poderá optar por uma Ação Civil Pública, ou similar.
A íntegra do ofício enviado ao MPT diz o seguinte: A empresa Nassau Editora Rádio e Televisão LTDA, de forma inconstitucional, vem dando tratamento diferenciado aos jornalistas profissionais, impedindo que as jornalistas empregadas da empresa possam inscrever seus esposos ou companheiros como dependentes no plano de saúde oferecido universalmente aos empregados, situação que é permitida aos jornalistas empregados.
A prática viola de forma flagrante o princípio da isonomia entre homens e mulheres que é princípio capitular dentre os Princípios Fundamentais da Constituição Federal.
Posto isto, o requerente vem solicitar mediação do Ministério Público do Trabalho para solução do impasse existente entre a categoria profissional e a empresa.
O diretor Jurídico do Sindijornalistas, Chico Pardal, lamentou o tratamento discriminatório praticado pela Rede Tribuna e garantiu que o Sindicato vai buscar os direitos das jornalistas em primeiro lugar com conversa, mas se for o caso vai procurar à Justiça.
“O patronato a todo custo tenta prejudica as famílias dos jornalistas trabalhadores. Primeiro, pagam baixos salários. Exploram os jornalistas com cargas horárias não permitidas e não querem pagar as horas extras devidas. Agora, usam de artimanha em relação ao plano de saúde.”, disse Chico Pardal.