Rodada de negociação entre jornalistas e Sindijores transcorre sem novidades
Na manhã desta segunda-feira (26/9) mais uma vez não houve avanço nas negociações salariais entre patrões e empregados das empresas de jornais, revistas e afins.
Esta postura contrariou o esperado, pois na última reunião de Conciliação e Julgamento do Dissídio de Impresso (realizada em 21/9) os representantes das empresas disseram com todas as letras, na frente do desembargador relator, que na reunião desta segunda-feira teriam proposta para fazer aos trabalhadores jornalistas.
Infelizmente, mantiveram a mesma proposta de pagamento de 4,92% (metade da inflação do período maio/15 a abril/16) que foi de 9,83% e pagamento do retroativo à data-base maio, em duas parcelas.
Rejeitaram taxativamente a contraproposta dos trabalhadores de aceitar os 4.92% da forma proposta com retroativo em duas parcelas e em janeiro recuperar o restante da inflação devida com o pagamento de mais 4,92%.
Em função da recusa das empresas em manter a negociação, o Sindijornalistas cumprindo o que ficou determinado na última assembleia dos jornalistas prossegue com o pedido de dissídio coletivo de impresso.
Rede Gazeta tenta pressionar jornalistas
Utilizando de uma prática pouco recomendável durante um processo de negociação salarial, o diretor-geral da Rede Gazeta e presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), dias atrás, chamou os jornalistas para explicar a proposta salarial que os sindicatos patronais estão discutindo com os sindicatos dos trabalhadores e ainda reclamar das negociações coordenadas pelo Sindicato da categoria dos jornalistas.
Prosseguindo nesta prática considerada antissindical, o diretor-geral da Rede Gazeta instigou os profissionais a reclamar das negociações junto ao Sindijornalistas, e de forma até sutil, “solicitou” aos jornalistas que comparecessem às assembleias e votassem na proposta das empresas, sob o argumento de que estão passando por dificuldades financeiras.
Toda a reunião foi relatada à direção do Sindijornalistas que lamenta este tipo de papel exercido pela direção de uma das maiores empresas de comunicação do estado, retransmissora da Globo, emissora do Brasil que mais recebe publicidade do Governo Federal, além dos estaduais e municipais.
O Sindicato reforça que todas as suas ações são tomadas seguindo irrestritamente as disposições legais e deliberações das assembleias com participação de toda a categoria, garantindo assim democraticamente a unicidade e respeito aos profissionais.
E entende que a atitude da diretoria da Rede Gazeta constitui prática antissindical ao utilizar de cargos de nível hierárquico superiores para convencimento aos demais trabalhadores a alterarem as decisões já tomadas por toda uma classe profissional.
Diante aos graves fatos, o Sindicato tomará as medidas cabíveis para continuar a resguardar toda a categoria e lutar pela garantia e ampliação dos direitos.