Sindicato presta homenagem aos jornalistas Marien e Adam Emil
Em comemoração aos seus 30 anos de fundação, o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo vai homenagear os jornalistas Marien Calixte e Adam Emil Czartoryski, durante a abertura do congresso estadual da categoria, no dia 5 de junho, às 19 horas. Os dois receberão a Medalha Ademir Ramos – honraria criada este ano pelo Sindijornalistas, que é também uma homenagem a outro grande jornalista.
Para a diretoria do Sindicato, a homenagem é um reconhecimento ao trabalho de dois respeitados profissionais que marcaram a história da imprensa capixaba. É também uma forma de lembrar todos aqueles jornalistas que, mesmo nos momentos mais difíceis da luta sindical, colaboraram para o fortalecimento da categoria. “Eles fazem parte da história da nossa entidade. Marien e Adam foram os primeiros jornalistas a se filiarem ao Sindicato e até hoje mantêm suas filiações”, destaca Suzana Tatagiba, presidente do Sindijornalistas. Compromisso ético com a profissão, respeito à cidadania e busca da informação de qualidade também foram critérios para as escolhas.
Marien Calixte e Adam Emil Czartoryski podem ser nomes pouco conhecidos entre os mais jovens. Mas, por seus trabalhos e obras, são notavelmente reconhecidos e respeitados. A comenda Ademir Ramos é um importante reconhecimento público – da entidade ao profissional jornalista – criada pelo Sindijornalistas, a ser entregue pela primeira vez este ano. A honraria expressa o reconhecimento da importância desses profissionais para o jornalismo capixaba e o fortalecimento da categoria.
Jornalista, radialista, escritor e poeta, Marien, 74 anos, foi correspondente de jornais e revistas de circulação nacional, como Jornal do Brasil, O Cruzeiro, Visão e Veja. Em Vitória, trabalhou nos jornais O Diário, A Tribuna e A Gazeta, onde exerceu várias funções como jornalista. “Foi com Adam Emil que consegui o meu primeiro emprego como jornalista. Meu teste foi fazer uma matéria com Maurício de Oliveira, que acabava de chegar da Polônia, onde havia conquistado o 2º lugar em concurso de violonista. Isso em 1955”, lembra Marien.
Na Rádio Espírito Santo, em 1958, Marien criou o programa “O Som do Jazz”, recordista brasileiro, que até hoje vai ao ar na Rádio Universitária, todas as segundas-feiras, a partir das 22 horas. É membro da Academia Espírito-Santense de Letras, tendo publicado 17 livros de sua autoria, entre biografias, ficção, poemas e contos. Algumas de suas obras foram traduzidas para o italiano, francês e alemão.
Adam Emil, 74 anos, foi correspondente do Correio Brasiliense e trabalhou nos principais jornais: Folha do Povo, A Tribuna e A Gazeta. No Rio de Janeiro, foi repórter do jornal Última Hora, onde trabalhou com Samuel Wainer e Nelson Rodrigues. De volta ao Espírito Santo, atuou também como radialista e foi diretor da Rádio e TV Espírito Santo e presidente da TV Educativa.
Assim como Marien, Adam foi um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas. Antes de sua criação, em 1954, foi tesoureiro da Associação dos Jornalistas. Adam também é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Vale destacar que esta matéria traz apenas um breve resumo da vida profissional desses dois jornalistas, que recebem uma justa homenagem, em comemoração aos 30 anos de fundação do Sindijornalistas.
Medalha Ademir Ramos
O nome da medalha também é uma homenagem do Sindicato ao inesquecível jornalista Ademir Ramos, que foi diretor do Sindijornalistas por dois mandatos e membro da Comissão de Ética. Ademir trabalhou no jornal A Tribuna, onde foi repórter e atuou como delegado sindical, tendo liderado importantes movimentos da categoria. Trabalhou na Cooperativa dos Jornalistas, que ajudou a fundar; na chefia de reportagem da TV Educativa; na editoria de Economia do jornal A Gazeta e na pauta da TV Gazeta, onde trabalhou por 10 anos.
Falecido em janeiro de 1998, Ademir era dono de um sorriso contagiante e até hoje é lembrado pelos colegas por sua conduta ética nas relações pessoais e profissionais e como exemplo de dedicação para com a organização e lutas da categoria. “Ele sempre esteve presente nos movimentos dos jornalistas, não só quando diretor ou delegado sindical”, destaca Chico Pardal, diretor do Sindijornalistas e repórter de A Gazeta.