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UM MÊS DO MASSACRE EM ARACRUZ!

NOTA PÚBLICA – DEZEMBRO DE 2022
FÓRUM ANTIFASCISTA DO ESPÍRITO SANTO

UM MÊS DO MASSACRE EM ARACRUZ!

Não pode cair no esquecimento o caráter neonazista – reflexo do fortalecimento da extrema direita em todo o Brasil – da tragédia criminosa que, em Novembro de 2022, ceifou a vida de três professoras e uma aluna, e feriu gravemente 12 pessoas, nas escolas Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e privada Centro Educacional Praia de Coqueiral, em Aracruz, no Espírito Santo. O que provocou enorme comoção nacional e estadual deixando um rastro de dor, sofrimento, sangue, lágrimas e desespero para a comunidade escolar, familiares, amigos, vizinhos e moradores da cidade.

Foi um crime bárbaro cometido por um adolescente de 16 anos, ex-aluno de uma das escolas.
O jovem, que dominava o manejo de armas de fogo, utilizou duas armas de posse do pai: uma do Estado, sob guarda do responsável, e outra particular. Em suas redes sociais, o pai do adolescente compartilhou publicações de caráter nazista, como a leitura do livro Minha Luta de Adolf Hitler, além de imagens com o jovem na direção do carro. Até este momento, a apuração do crime realizada pelo governo do Estado ficou restrita à violência praticada pelo jovem atirador, e apenas o juiz da Vara de Infância e Juventude de Aracruz apontou que mãe e pai – oficial da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, com evidentes ligações com a ideologia nazista – também devem ser investigados.

Esse conjunto de elementos somados a uma atmosfera reprodutora de intolerância, radicalismo, e ódio político, especialmente contra educadores, que têm sido perseguidos por projetos políticos como o “Escola sem partido”, acusados de realizarem doutrinação política e/ou de gênero, estimulam violências extremistas em locais onde deveria vicejar o respeito à cidadania.

Os governantes e o sistema de justiça e segurança têm o dever de atuar com rigor investigativo e promover a legalidade usando os instrumentos científicos e tecnológicos necessários para evidenciar a verdade, explicitar o contexto que originou o ato terrorista e responsabilizar os culpados pelo ocorrido. Assistimos indignadxs e estarrecidxs a inércia dessas instituições, enquanto outras ocorrências análogas vêm sendo perpetradas por grupos e ou indivíduos que, organizados ou não, podem repetir novos ataques semelhantes.

Além disso, lamentamos o fato de que o Estado, que tem o dever constitucional de acolher, cuidar, proteger, defender, garantir a vida, a saúde física e mental, e os direitos das vítimas diretas e indiretas do crime, tem falhado em promover a devida assistência social e psicológica para as pessoas atingidas, reivindicadas por este Fórum.

O governador Renato Casagrande, durante o segundo turno das eleições, assumiu com diversas entidades o compromisso de iniciar novo mandato em 1ª de Janeiro com um novo Governo. Para nós, essa premissa pressupõe transição e, para tanto, diálogo e transparência – que infelizmente não têm sido demonstrados pelo governador que se recusa a abrir diálogo com este Fórum e, sequer, encaminha nossos pleitos já enviados por Carta e em reuniões com seus prepostos, mesmo diante de um fato tão avassalador e triste.

– Exigimos assistência necessária imediata às vidas em risco da comunidade escolar.

– Participação da sociedade civil na sala de situação para tratar do ataque de extrema direita à escola e maior diálogo do Governo com os movimentos sociais que constituem esse Fórum.

– Exigimos investigação rigorosa das organizações nazifascistas envolvidas no atentado às escolas em Aracruz e sua pronta desarticulação.

Seguiremos na luta para que esse crime não caia no esquecimento. Pelas vidas perdidas, nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta!

Por Cibelly, Flávia, Penha e Selena!

ABRASME
Associação dos Docentes da UFES (ADUFES)
AFIC
Associação Juizes pela Democracia (AJD)
Anarquistas contra o Racismo
ANFOPE-ES
Associação de Mulheres Unidas da Serra – AMUS
Associação de Moradores de Coqueiral /Associação Amigos do Piraquê-Açu
Brigadas Populares
CADH – Centro de Apoio ao Direitos Humanos
Campanha Nacional pelo direito a educação comitê capixaba
Centro de Ciências Humanas em Naturais
CDDH Serra
Circulo Palmarino
Coletivo Educação pela Base
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Coletivo Lute
Coletivo Mães Eficientes Somos Nós
Coletivo de Mulheres Dona Astrogilda – Aracruz
Coletivo uma pelas Outras – Alegre
Comissão Direitos Humanos UFES
Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos
Comitê de Educação do Campo do ES
Conselho Estadual de Direitos Humanos
CPDH – Comissão de Promoção da Dignidade Humana
CPL
CRIARTE
Conselho Regional de Psicologia
FAMOPES- Federação das Associações de Moradores / CMP Central dos Movimentos Brasil
Forum de Mulheres do ES/AMB
Fórum de Mulheres de Cariacica
Fórum EJA ES
Fórum Permanente dos Profissionais da Educação de Vila Velha – FOPPEVV
Frente Democrática do Magistério Capixaba
Levante Popular da Juventude
MAB – Movimento Atingidos por Barragens
Mandato da Deputada Camila Valadão (PSOL)
Mandato da Deputada Iriny Lopes (rep) (PT)
Mandato da Deputada Jackeline Rocha (PT)
Mandato da Vereadora Karla Coser (PT)
Mandato do Deputado Helder Salomão (PT)
Mandato do Senador Fabiano Contarato (rep) (PT)
Mandato do Vereador Andre Moreira (PSOL)
Marcha Mundial de Mulheres -MMM
Médicos pela Democracia
MNDH – Movimento Nacional de Direitos Humanos
MNLM – Movimento Nacional de Luta por Moradia
Movimento Policiais Antifacistas – Seção ES
Núcleo de Estudos Indiciários da UFES – NEI
PAD VIX
Professores Antifascistas da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti.
Reitoria Ufes – Pró-reitor PROAECI
Resistência Feminista ES
SINASEFE IFES
Sindicato dos Bancários
SINDIJORNALISTAS-ES
SINDIPÚBLICOS
SINDSMUVI
SINTUFES