XIX Enjai: jornalistas aprovam carta do Rio de Janeiro
Realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 25 de agosto, o XIX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI), reuniu mais de 250 profissionais, no Rio’s Presidente Hotel. No encontro, foi aprovada a Carta do Rio estabelecendo prioridades como a luta pela aprovação imediata da emenda constitucional que restabelece a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo e a criação do Conselho Federal de Jornalistas.
Carta do Rio de Janeiro
Nós jornalistas em assessoria de imprensa reunidos na cidade do Rio de Janeiro, de22 a 5 de agosto de 2013, durante o XIX ENJAI, reafirmam o compromisso da profissão de que a assessoria de imprensa é uma atividade essencialmente jornalística e, portanto, sujeita aos princípios teóricos, técnicos e éticos que regem a profissão. Como jornalistas que somos, defendemos a dimensão pública da profissão.
Qualquer que seja o campo que compreende a atuação das assessorias de imprensa, o que deve imperar é o interesse público da informação, pois a nós profissionais cabe a tarefa de exercer o papel de mediadores sociais. Como profissão essencial à democracia, o Jornalismo e os jornalistas não abrem mão dessa prerrogativa.
Nesse sentido, assistimos e participamos do clamor das ruas. Contudo, não podemos conceber o fato de profissionais serem agredidos no exercício da profissão, pois, como trabalhadores, nossa missão é a de levar à sociedade uma informação de qualidade, com a correta apuração dos fatos.
Para o pleno exercício de nossa profissão, cerramos fileira com a Federação Nacional dos Jornalistas e exigimos que a Câmara dos Deputados aprove imediatamente a proposta de emenda constitucional que restabelece a obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo. Igualmente, necessário se faz a criação do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ), que garantirá aos jornalistas o pleno controle de sua profissão, como é o anseio de 73% da categoria, manifestado na pesquisa O Perfil do Jornalista Brasileiro.
Por fim, reafirmamos a posição da Federação Nacional dos Jornalistas e dos Sindicatos a ela filiados, de lutar incessantemente contra a precarização das relações de trabalho, que também atinge as assessorias de imprensa, públicas e privadas, e que passa pelo cumprimento da jornada de 5 horas de trabalho, pelo pagamento de salários dignos e pelo combate a todo tipo de assédio e do acúmulo de função.