Carnaval de Vitória – Profissionais da Imprensa correm risco
Membros das diretorias do Sindijornalistas e Sindipúblicos após receberem denúncias de servidores e profissionais de imprensa, estiveram hoje (20/2), à tarde, no Sambão do Povo acompanhados de um técnico de Segurança do Trabalho. No local, várias irregularidades que comprometem a segurança do trabalho dos profissionais que irão atuar na cobertura do Carnaval de Vitória, que começa hoje, foram constatadas.
Os trabalhadores da RTV-ES, bem como de outras emissoras capixabas, poderão sofrer graves acidentes caso os realizadores do Carnaval de Vitória e as emissoras não adequem o local às normas de Segurança e ofereçam EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) aos trabalhadores que estarão participando das transmissões.
Diante da gravidade da situação os sindicatos farão uma representação na Superintendência Regional do Trabalho para que as medidas sejam tomadas no sentido de garantir segurança aos profissionais. Também irão cobrar dos realizadores do evento, entre esses a Prefeitura de Vitória, uma posição no sentido de garantir à adequação do local as normas de segurança e das emissoras o fornecimento de equipamentos de proteção individual e instalação de seus carros técnicos em locais adequados. “Os trabalhadores da Rádio e TV Espírito Santo e de outras emissoras capixabas correm o risco de sofrer graves acidentes”, comentou Douglas Dantas, diretor do Sindijornalistas que esteve no local. “Isso é uma falta de respeito para com os trabalhadores, que tem um papel importante de levar informação aos cidadãos e de mostrar um belo espetáculo na avenida” reforça Gerson Correia de Jesus, presidente do Sindipúblicos.
Segundo o técnico em Segurança do Trabalho, Alysson Mário Leopoldo, a situação encontrada é bastante preocupante. Os trabalhadores correm risco de morte, pois não existe condições adequadas no local. “São várias irregularidades e é importante lembrar que boa parte do trabalho será realizado à noite e isso aumenta, ainda mais, os riscos”, alertou.
Perigo –
Parte da imprensa foi colocada em um canteiro de obra da Escola Estadual Major Alfredo Pedro Rabaioli, tendo que trabalhar no meio de escombros, como vergalhões, vigas, tijolos, buracos, entre outros diversos materiais de construção espalhados que podem ocasionar sérios acidentes aos profissionais. Isso infringe as Normas Regulamentadoras (NR-18) que veda o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras.
Os diretores dos Sindicatos, no momento da inspeção, puderam verificar que vários profissionais da imprensa que trabalhavam na montagem dos equipamentos, inclusive em locais altos, não utilizavam nenhum tipo de equipamento de segurança individual como cinto de segurança e capacete. “Se um trabalhador desse escorregar a queda pode ser fatal já que não possuem nenhuma proteção”, destacou Alysson Leopoldo.
Situação que se repete durante a cobertura, segundo relatou um profissional de imprensa, pois para fazer imagens eles utilizam uma escada de ferro para subir em uma plataforma que tem mais de cinco metros de altura que fica próxima à área de dispersão das escolas de samba. “Fazemos isso sem nenhum equipamento de proteção e os equipamentos são pesados. O ideal era que só utilizássemos as gruas. Confesso que subimos com medo”, desabafou. Tem, ainda, o risco de um carro alegórico bater em um desses andaimes que sustentam essa plataforma e toda estrutura desabar com os profissionais ocasionando uma grande tragédia.
Equipe de Emissora Nacional foi localizada em local mais adequado: