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Jornalistas capixabas vão a dissídio

Em assembléia realizada nesta quinta-feira (13/11), na sede do Sindicato, jornalistas capixabas decidiram recorrer à Justiça do Trabalho, com pedido de Dissídio Coletivo, devido à falta de acordo com os patrões em relação a cláusulas econômicas do acordo coletivo 2008.

Diante da decisão da categoria, o Sindicato dos Jornalistas vai primeiro encaminhar ao Ministério Público do Trabalho, em caráter de urgência, pedido de mediação das negociações com os sindicatos patronais (Sindjores e Sertes). A medida é necessária para que mais uma tentativa de acordo entre as partes seja estabelecida, antes da solicitação de dissídio à Justiça Regional do Trabalho. “Se a proposta dos patrões não avançar, entramos com o pedido de dissídio”, revela Suzana, presidente do Sindijornalistas.

A decisão da assembléia será encaminhada oficialmente aos sindicatos patronais ainda esta semana. Os jornalistas querem reposição da inflação –  que é de 5,9% –, ganho real de 5% e tíquete-alimentação. Eles ratificaram na assembléia a decisão de não aceitar a última proposta dos patrões. “A realidade é que, a cada dia, as empresas de comunicação exigem mais de seus trabalhadores, sem uma contrapartida financeira condizente com a qualificação e responsabilidade do profissional”, explica Suzana.

Há muito tempo uma decisão dessas não era tomada pela categoria. O último pedido de dissídio foi contra uma emissora de TV e teve desfecho favorável aos trabalhadores. Atualmente, a empresa oferece tíquete-alimentação aos jornalistas, uma das reivindicações da campanha salarial deste ano.

Passos da negociação dos jornalistas

A pauta dos jornalistas foi encaminhada para as empresas no dia 28 de abril. A primeira reunião para discussão das reivindicações aconteceu em 26 de maio, com a proposta dos patrões de reajuste zero e a retirada de sete cláusulas da convenção atual. Mais tarde, foi proposto reajuste de 3% e depois de 5% – índices abaixo da inflação.

Sem ainda atender às expectativas dos jornalistas, as empresas de comunicação fizeram uma outra contraproposta: reajuste da inflação do período, de 5,9%, para todos os jornalistas que ganham acima do piso salarial. No piso salarial, haveria reajuste de 9,21%. E seria oferecido abono de R$ 100,00 aos jornalistas que já estavam nas empresas até 1º de maio 2008, data-base da categoria. Tal proposta foi, mais uma vez, rejeitada.

Em assembléia geral, realizada no último dia 13 de novembro,  os jornalistas decidiram solicitar intermediação do Ministério Publico do Trabalho para as negociações com os patrões, em relação a cláusulas econômicas do acordo coletivo de 2008. A categoria já autorizou o Sindijornalistas a entrar com pedido de  Dissídio Coletivo, caso não haja entendimento nessa segunda etapa de negociação.

 

Radialistas

A decisão de ir para dissídio também foi tomada pelos radialistas, em assembléia geral da categoria, realizada na última terça-feira (11/11). Segundo o presidente do Sindicato dos Radialistas, Oliveira Alves Oliveira, uma rodada de negociação, tendo o Ministério Público do Trabalho como mediador, foi realizada na semana passada. "No encontro, houve avanço na proposta das empresas. Mas, na assembléia, a categoria a rejeitou e decidiu entrar com pedido de dissídio, caso no encontro intermediado pelo Ministério Público não seja apresentada contraproposta que atenda ao pleito dos radialistas”, explica Oliveira.