No dia internacional da Mulher, a luta é pela Vida!
No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta (08 de março), diversas entidades sindicais e sociais, reunindo mulheres, homens e crianças, fizeram uma manifestação pública no centro de Vitória para denunciar a violência e cobrar de governos ações práticas e efetivas para alcançar uma vida decente. Entoando hinos, reivindicando o direito à existência, denunciando a violência contra a mulher e protestando contra o sistema capitalista e patriarcal, o imenso coletivo caminhou pela avenida Jerônimo Monteiro e seguiu até a sede do governo estadual.
O Sindijornalistas/ES participou da manifestação e, segundo a coordenadora da entidade, Suzana Tatagiba, as lutas da categoria são as mesmas dos coletivos. Em nome da vida e contra a violência de gênero, pela legalização e descriminalização do aborto e contra a guerra que violenta e mata mulheres em Gaza.
“Do ponto de vista da profissão, as jornalistas também são maioria, mas ainda recebem salários menores que os dos homens e poucas alcançam posições de comando, apesar de muitas serem melhor qualificadas”, afirma.
Feminicídios no ES. Além das desigualdades no mundo do trabalho , a violência contra mulheres vem atingindo índices alarmantes. No ano passado, no Espírito Santo, 35 mulheres foram vítimas de feminicídio segundo registros da Secretaria de Segurança Pública.
No Brasil, o número chegou a 1463 segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta última quinta, dia 7 de março.
Ainda segundo o Fórum, o feminicídio fez pelo menos 10.655 vítimas no Brasil, de março de 2015 a dezembro de 2023. O levantamento considera a tipificação do crime a partir da lei 13104/15, criada no governo Dilma Roussef, e levou em conta apenas os casos oficialmente registrados como tal pela polícia. A lei considera crime de feminicidio o que é provocado pela questão de gênero, ou seja, pela própria condição de ser mulher e que ocorre no ambiente familiar cometido por pessoas próximas das vítimas como maridos, ex-namorados ou companheiros. E no plano social, ocasionado pela discriminação de gênero.
É uma situação dramática e que requer políticas públicas eficientes mas, mais do que isto, que seja uma mudança de padrão que comece nas próprias famílias, passe pela escola e siga pela vida.
O grito que ecoa em todo o mundo neste dia 08 de março é ‘basta de violência contra as mulheres! E punição para os culpado‘