RTV – Governo promete alinhamento ainda em 2013
Na manhã desta quinta feira (03) dirigentes do Sindipúblicos, Sindijornalistas, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da representação dos servidores da RTV/ES, junto com o deputado estadual Cláudio Vereza, se reuniram com os representantes do governo, Aminthas Loureiro (Seger), Flávia Mignone (Secom) e Thiago Hoffman (Seg) para discutir o alinhamento de salários e carreiras dos servidores do sistema RTV, também conhecido como Plano de Subsídios. O secretário Aminthas Loureiro informou que a Seger está trabalhando para cumprir o acordado e que até o final desse mês o plano será apresentado aos servidores, seguindo então para o Conselho Gestor e Assembleia Legislativa devendo ser aprovado até o final do ano.
A comissão levou aos secretários reivindicações sobre a regulamentação das profissões que compõe a estrutura da RTV/ES alertando para a carga horária de cada profissão, hierarquia funcional, retroatividade e a organização salarial. O Sindijornalistas e Fenaj argumentaram que o alinhamento e o concurso público devem respeitar as legislações federais dos profissionais que atuam no sistema RTV/ES.
O secretário Aminthas Loureiro disse que a Seger irá observar as questões específicas de cada profissão e que irão dialogar com os Sindicatos antes de finalizar o plano. Thiago Hoffman, por sua vez, garantiu que irá adotar medidas necessárias para a aprovação do plano e das demais reivindicações.
Os servidores destacaram a expectativa e angústia dos profissionais sobre a demora quanto do retorno de diversas reivindicações encaminhadas ao Governo e relacionadas, também, à falta de segurança e de condições de trabalho nas sedes da Rádio ES e da TVE, além da necessidade de realização de concurso público. A diretora do Sindijornalistas, Fátima Côgo destacou que sem concurso o sistema RTV-ES pode entrar em colapso, já que atualmente são menos de 100 servidores efetivos, com a maioria desempenhando acúmulo e desvio de funções, aliada à utilização do trabalho de estagiários em todos os setores de trabalho em substituição à mão de obra profissional. Informou que a situação de precarização no trabalho e da urgente necessidade de concurso público na Rádio ES e a TVE vem sedo reiteradamente informadas ao Governo Renato Casagrande desde o início da gestão.
A jornalista Miriam Ramos destacou emocionada que os servidores precisam da atenção do governo, de um concurso e do alinhamento. “Queremos que a Rádio e a TVE continuem existindo, que sejam valorizados seus bons profissionais que estão há 20, 30 anos trabalhando e até hoje nunca foram valorizados. Temos a preocupação de que, quando aposentarmos, a rádio e TV continuem prestando bons serviços à comunidade pois são emissoras do povo capixaba”.
O deputado Cláudio Vereza reforçou as questões levantadas pelos profissionais e destacou a necessidade de o Governo dar atenção à RTV/ES e valorizar seus profissionais e lembrou que vem acompanhando todo o processo de alinhamento e de outras reivindicações da RTV-ES.
O presidente do Sindipúblicos, Gerson de Jesus reforçou a luta dos trabalhadores. “O governo deve a esses profissionais um plano, a categoria é relativamente pequena, nunca teve concurso e há anos aguarda o alinhamento. É preciso que o governo realmente invista no sistema RTV, que fez e faz história, contribuindo diretamente para divulgação de todas as ações do governo e levando informação de qualidade à sociedade”.
SEDE ÚNICA
Em relação à uma sede única que abrigue as duas emissoras, conforme vinha sendo discutido por parte do próprio governo, Aminthas Loureiro disse que será estudada a aquisição de um novo local, mas isto não deverá ocorrer no ano que vem. A Rádio deverá deixar o espaço que ocupa há décadas na Reta da Penha para a construção do terminal BRT, mas segundo o secretário Hoffman, as obras vão demorar para atingir o local e, assim, em 2013 os servidores deverão permanecer nas atuais sedes; o Carmélia e a Reta da Penha.
O diretor do Sindijornalistas e da Fenaj, Douglas Dantas destacou que essa informação é muito preocupante porque no Centro Cultural Carmélia, onde funciona a TVE, a situação é muito delicada e envolve o risco direto dos profissionais. “É um local inseguro, onde há constantes assaltos e que se tornou área de moradia para usuários de droga”. Destacou que o governo precisa garantir segurança e condições físicas, inclusive com o devido gradeamento, portarias entre outras benfeitorias no local. O secretário Aminthas Loureiro disse não ter conhecimento da gravidade da situação no Carmélia e garantiu dar a devida atenção e verificar o que pode ser feito.
Em relação à sede da Rádio ES, onde existem problemas de ambientação, o secretário Aminthas Loureiro informou que o Governo irá adotar as medidas necessárias.