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TVE, meio século  no ar

A TVE, tevê Educativa do Espírito Santo, está completando 50 anos de fundação neste ano e merece todos os aplausos por sua existência enquanto televisão pública.

Falar sobre a TVE requer, sem dúvida, destacar incontáveis ações de servidores e dos sindicatos ligados à área, nos muitos movimentos iniciados, ainda nos anos 1980.  Época em que a TVE cambaleava por conta do abandono e do sucateamento por parte de sucessivos governos, o que gerou incontáveis ações, greves e paralisações por melhorias salariais e trabalhistas, pela garantia da continuidade e da modernização técnica e tecnológica da emissora e pela efetiva prática de comunicação pública. Ousadia e determinação levaram os trabalhadores a significativas vitórias e a emissora, a conquistar diversos prêmios pela qualidade e inovação de sua programação local.

Quem conhece ou viveu a história da TVE sabe da força singular e da resistência dos trabalhadores e da luta de seus sindicatos para garantir a vida da TVE. Sabe, também, de ações de vanguarda no fazer jornalístico e cultural como espaços de amplificação das diferentes e diversas vozes socais.

Desde idos anos, as velhas câmeras da TVE são testemunhas do lócus de significação e de representação político-cultural que garantiram à emissora um lugar afetivo no imaginário coletivo capixaba. As muitas histórias contadas e o próprio fazer da TVE em seus memoráveis programas merecem muitos registos e pesquisas. Por ora, no entanto, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo vem reverenciar o exitoso e persistente trabalho de seus profissionais, o que permitiu à TVE chegar aos 50 e, de justa forma, ser homenageada na última semana, em uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

A iniciativa, da deputada petista Iriny Lopes, defensora de longa data da comunicação pública, foi além de celebrar a data. Destacou o trabalho de servidores e deixou clara a relevância e a importância da comunicação pública e do lugar que a TVE ocupa hoje no cenário regional.

A estas vozes, se junta o Sindijornalistas/ES que, ao longo dos anos, encampa uma luta permanente  junto aos sindicatos dos Servidores Públicos, dos Radialistas e dos Artistas, na contínua defesa de melhorias salariais e trabalhistas, além da garantia de melhores e dignas condições de trabalho, da realização de concurso público e da implementação de uma real política salarial de valorização dos servidores, além de investimentos na emissora.

É sempre necessário dizer que a comunicação pública é um dos pilares democráticos de construção social e de enfrentamentos ao obscurantismo sempre à espreita. Vivemos claros desafios sociais que exigem gestão e práticas democráticas e inclusivas que  contribuam para a construção da cidadania e do pensamento crítico. 

Muito em breve, a TVE passará a ser gerida pela Fundação Carmelia Maria de Souza e, ao  acompanhar de perto este processo, o Sindijornalistas/ES deixa registrado que continua com sua intransigente defesa de uma real e ampla comunicação pública que vá além de grupos e de ações governamentais centradas na figura de governadores. Que haja, de verdade, uma programação representativa da diversidade que a emissora sempre procurou cultivar mesmo diante dos inúmeros desafios que enfrentou ao longo de seus cinquenta anos.